quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Breve e Cuspido


Não quero. Não exijo. Não imponho. Não tenho problema algum.
Mas...
Quero. Exijo. Imponho. Tenho muitos problemas. Problemas de afeto, problemas íntimos de pescoços e cachos, problemas em sonhos, em pés e abraços... É uma formicação espontânea e involuntária, contrai... Pulsa, contrai e pulsa.
Agora contrai, sufoco... Mas volta a pulsar e se perde em uma veia, que não faz com que ele chegue à outra... Feito um corte sem reparos, feito cacos sem retalhos. Então o meu problema é ter doença... Pathos... Paixão, porque os próprios latinos a apelidaram assim... Então não sei, não sei... O que dizer, o que explicar, o que exigir, o que querer, o que impuser, os meus não-problemas... Porque seriam problemas se assim os chamasse, mas seriam métodos de provação se assim os enxergasse... Cálice, cálice, não quero mais beber de vinho pra me embriagar e cair ao teu relento, tão quente quanto frio, tão doce quanto amargo... Porque se não tem amargo, o doce não fica tão doce assim...

2 comentários:

  1. Texto de difícil compreensão, de contradições exacerbadas. Exorcizando, açoitando, calando, doce amargo, amargo e doce. Acho que é assim que seu texto classifica-se.

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  2. Se é uma questão de pespectiva, eu vejo como um grande problema.

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