sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Olheiras

Era um mazelado
A jogar o ventre fora
Regava, o mendigo
Esperava uma flora...

Tinha uma xícara de café em mãos
Virava, remexia e não bebia
Derramado, o líquido, queimara-lhe os olhos
A xícara então caiu da varanda...

Tinha os olhos fundos e miúdos
Um claro vagabundo
A procurar relento em meio a pescoços.

Caía...
Caía...
Adeus, xícara
Porcelana espatifada.

4 comentários:

  1. Desculpe se fez pouco sentido pra mim. Um dia ainda te desvendo, moleque.

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  2. É subjetivo... E ainda para uma pessoa específica... Queria ver alguém decifrar, fora ela, porque, né?

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  3. Vamos lá, ser estéreo cujo trocas esmolas por rosas.
    E que a única aptidão é apreciar o cheiro do café nas narinas, por medo, receio de beber do líquido. Não é de ser estranho que a xícara queime as mãos, estranho é que possa cegar essas lágrimas.
    Olhos de soluços
    Peregrino
    Pernas donde encontras abrigo.
    "Caía...
    Caía...
    Adeus, xícara
    Porcelana espatifada."

    Adeus, cacos talháveis.

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  4. e se dissesse que faz sentido para mim?

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